terça-feira, 23 de julho de 2013

Odeio-te, Corpo Maldito

Odeio-te, corpo maldito
Submerso nas águas impuras do pecado
Repletas de desordem e traição.

Odeio-te, corpo maldito,
Bastardo, imundo, hipócrita
Formado por uma alma ingrata
Predestinada ao mais arrogante inferno.

Corpo maldito, por que fizestes isto?
Já tão somente precisava viajar nos próprios fetiches
E corroer um coração enfim laçado
Pelo mais profundo e oculto amor?

Não olhe mais em meus olhos;
Eles estão inundados em lágrimas de sangue.
Destruamos nossos laços
Que amarramos com tanto zelo.

Ouça a voz dessa alma perdida
Que te fala mesmo que esteja sofrendo,
Caída.

Peço que esqueça-me, largada alma.
Procure sua outra parte
Já que eu mesma vos parti com pensamentos.

Peço também que mate-me,
Já que em meu âmago,
Mesmo com grande poder de anistia,
Consigo com frieza dizer que não 
Te perdoo. 





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