Sobre o abismo mais profundo da mente
Sobrevoam corvos, corpos imponentes
Que atormentam com seu canto agudo
Naquele grande aterro do mundo
Sob eles, o resto, o lixo
Indignos, indigentes, bichos
Grunhindo o grito da dor
E esperando um deus de amor
Mas isso não lhes será útil
Esse culto supérfluo e fútil
Em um deus que a Deus dará
Que nunca veio e nunca virá