segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Pura Noite II

Uma tocha apagada no fundo do salão
Candelabros imórbidos sangrando pelo chão
A luz que não se atreve a pela porta entrar
E um forte vento frio que se espalha pelo ar

A noite cai tão triste que os corvos se preparam
Pra cantar o belo hino da vil degradação
Uma alma negra e fétida vem andando lentamente
Perseguida pelos rastros de sangue do salão

Sobre a mesa, o belo corpo da menina linda e pura
Os seus olhos arrancados demonstravam grande dor
Os corvos já cantavam com um grito incessante
Atormentando aquela noite de tristeza e pavor

A criatura ia chegando, preparando suas mãos
Para cumprir a profecia e aquele corpo estuprar
E na escuridão da noite, à sinistra monodia
A sagaz necrofilia foi com ela se deitar