Ao som dos corvos a cantar
Num semblante absorto ela surge
Tão bela e tão singular
Seus trajes demonstram remorso
Seu olhar, uma pura inocência
Suas mãos, tão sujas de sangue
Trazem amor, e não penitência
Num lindo ato de paz
Num lindo gesto de glória
Ela carrega em sua memória
A imagem do corpo no altar
Os sinos agouram insanos
O céu nem de longe se vê
A Lua descansa em prantos
Como um deus que nem mesmo em si crê
E tão bela, tão cheia de vida
Ela volta pra escuridão
Seu sorriso demonstra saudade
Das fincadas em seu coração
As horas passavam depressa
As estrelas caíam do céu
E seu lindo anjinho da guarda
A levou enrolada no véu