domingo, 30 de novembro de 2014

A Morte de Cada Dia

Teus olhos refletem a escuridão do mundo
Que cai com destreza pelo vil sofrimento
E o tempo, em prantos, ressoa profano
O grito, a dor, seu vago lamento

A terra, que queima, destrói tantas almas
Que entoa, em hino, sua grande ilusão
E o tempo, em prantos, ressoa profano
Escutando, incrédulo, a voz da razão

O sangue, que escorre, sorri levemente
Tão gélido e afável que ameniza a dor
Os corpos, no fogo, se arrepiam de frio
Perdidos nas asas daquele senhor

Que grita, que chora, que ri, desafia
Vendo em seus olhos a escuridão do luar
E o tempo, em prantos, ressoa profano
E vai definhando até se acabar

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